Histórias que não foram escritas

Orestes Nigro

"Emoções e surpresas numa noite inesquecível"

 

Capa do 1º volume do livro de crônicas Histórias que não foram escritas

Minha passagem por Itápolis durante a 43ª Semana da AIA, essa associação de jovens universitários que, há quase meio século, tem brindado nossa cidade e sua população com um trabalho marcado pela inteligência, pela cultura, pela informação e pelo congraçamento entre seus membros e toda a sociedade local, foi, dizia eu, uma passagem especialmente feliz, pois pude rever velhos e queridos amigos, conhecer novos valores humanos da Itápolis atual e, para coroar a semana, viver uma noite iluminada, no lançamento do volume 1 de 3, das “Histórias que não foram escritas”,  uma trilogia que reunirá as crônicas que venho publicando desde junho de 2009, tanto na página 2 do jornal Diário da Cidade, até dezembro de 2012, como na web-revista  www.comerciodeitapolis.com.br , coordenada por Valentim Baraldi, contando agora com mais uma página na Internet, a www.itapolis.net, editorada por meu querido sobrinho, Vicente Nigro Vianna.

Para dizer a verdade, tudo que vivi nesses dias de grande emoção, causou-me enorme surpresa, pois nem de longe esperava tamanha receptividade, tão gentil e calorosa acolhida e solidariedade. Deixei minha terra natal há 61 anos, uma vida, por isso me julgava alguém já esquecido e desconhecido que conta em seus escritos sua experiência vivida desde seu nascimento em 1932 até sua partida para estudar e trabalhar, em 1952.

Meus amigos, Sinibaldi Del Guércio Filho e Valentim Baraldi, responsáveis pela editoração, capa e ilustração do livro, encomendaram à Gráfica Bom Jesus, da vizinha Ibitinga, uma tiragem de 1000 exemplares. Quando soube disto pensei, “é muito livro, vai sobrar quase tudo”, liguei para a Andréa e a Fabiana, encarregadas da impressão e pedi que reduzissem para 500 exemplares, ainda achando que era muito. Como fui pessimista! Minha obra está tendo uma grande repercussão e procura, continuamos recebendo pedidos de reservas e  de envio, além do que estão vendendo os que se encarregaram dos exemplares que ficaram em Itápolis. Aliás, cumpre-me agradecer a espontânea colaboração da Banca de Revistas da minha amiga Leila Abdelnur, que me deu a alegria de comparecer ao evento,  ao João da Loja João Brasil, à Bernardete da Detalhes Presentes, ao meu amigo Capacete, ao querido Côn. Ednyr, pessoas que fizeram  a cortesia de disponibilizar em seus estabelecimentos e na Secretaria da Paróquia, espaço para a venda do meu livro.

Tive a grata oportunidade de conhecer o Sr. Astor Batista, da FM 104,9, a quem concedi entrevista, de rever a filha do Otávio Guardia, meu antigo companheiro da Rádio Difusora, ZYQ-4, minha conterrânea Ângela Guardia, da FM 107,7, que me acolheu com grande simpatia e realizou uma entrevista muito proveitosa; conheci também Luciano, o jovem proprietário da Spazio Pizzaria, que disponibilizou seu espaço tão simpático e acolhedor, para que se realizasse o lançamento do livro, gesto revelador de seu grande espírito cooperativo e de seu grau de cultura, o que se confirmou na conversa que mantive  com ele. Pude rever gente que há muitos anos não encontrava, como o José Montera, de família tão cara a mim, sua esposa e minha espontânea colaboradora, a Srª Neuza Terezinha Ferraresi Montera, que fez a revisão do texto e que é pessoa ligada à cultura e às letras.

A alegria de compartilhar esse momento com minha família

A noite de autógrafos na Spazio foi pra mim o acontecimento mais esplendoroso de toda minha carreira de atividades culturais, não só porque lançava uma obra que retrata minha terra, minha infância, minha juventude, meus antigos vizinhos, todas as pessoas que viviam e atuavam na minha cidade de então, mas, antes de tudo, pelo calor humano de que fui cercado. Calor humano esse que começou pela vinda de todos os meus filhos, Lília, Ricardo e Letícia, de minhas netas Beatriz, Juliana, Gabriela, de meu novo neto, o Bruno, de meu genro, o Dr. Irineu Maia, de minha doce bisnetinha, Laurinha e dos espíritos de minha filha Marília, de minha mãe, de meu pai, de meus irmãos Zizinha e Nicolino e de todos os entes queridos que já partiram desta vida, os quais sentia estarem ali presentes. Pude abraçar meu irmão Roberto, sua esposa, Izaura, seus filhos Maria Lúcia, Maria Luiza, Maria Roberta, Roberto Luís e sua esposa Michely; tinha ao meu lado minha esposa e grande companheira, Mara,  minha irmã Maria Isabel, com seu filho Vicente, sua nora Kellen e sua neta Helen; pude  também receber o abraço de minha querida sobrinha Eliana (a Nana), de seus filhos Guilherme e Maurício, de minha sobrinha Beatriz (a Bila) e de seu filho Pedro Henrique, também o abraço de minhas primas Cris Senne, Zuleika Sene Rodeguero e seu esposo, Otávio Celso. A grande e sentida ausência foi a do Lucas Gentil, o meu grande incentivador para a criação das crônicas e a elaboração deste livro; compromissos inadiáveis de trabalho impossibilitaram sua saída para Itápolis, fato que nos entristeceu, a mim e aos companheiros da AIA.

Que bom ver os jovens participando, mas nem sequer imaginava o que eles haviam  preparado

Não há espaço para citar aqui, como gostaria, todos os que estiveram na Spazio para prestigiar o lançamento. Faço então algumas citações que são uma amostra do carinho que recebi naqueles momentos mágicos. São eles a dupla Andréa e Fabiana, da Gráfica Bom Jesus;  a Patrícia, filha do Tim Baraldi; a Lilian, esposa do Sinibaldi; o conterrâneo Adilson Sensato e sua esposa, Tecla; o amigo Angelo Brunelli Zagatti; o jurista Jorge Miguel e sua esposa Nilza Gentil;  o Zezinho Trevisan e sua esposa Maria do Carmo; o Dr. Raphael Valentim Gentil e sua esposa Célia; o Vicente Machado, filho de meus grandes e saudosos amigos Dona Mulata e Vitório Machado; o Cônego Ednyr, o filho de meu grande amigo e escritor Alcides Cacini, o Amilton e sua esposa Glória;  minha amiga Maria Clara Tarallo; meu amigo de infância, Jorge Shammas, sua filha e amiga minha, a  Soraia e sua filha; a Renata e o Rodrigo Bellentani, filhos de minha querida amiga Glaci; o Carlos Vessoni Neto; o Nelson e o José Torre e tantas outras pessoas amigas, sendo gratificante a presença de inúmeros jovens.  Durante estes felizes encontros, um acontecimento inesperado! Uma querida amiga de muitos

Momento indescritível, não existem palavras que possam exprimir o que sentimos na hora

anos, que até então eu só conhecia pela Internet e que eu achava que ainda estava na China, a Débora Zuliani França,  me proporcionou a primeira grata surpresa da noite, aparecendo ali, ao lado de outra grande amiga minha, a Regiane Manginelli Rinaldi.

A segunda enorme surpresa da noite foi-me proporcionada pela esplêndida plêiade de jovens que dirigem atualmente a AIA! Já tinham contribuído para o brilho de minha festa, com a inserção do ato de lançamento em sua rica programação. Aí vem a parte emocionante: conduzidos pelo Maurício Ferreira, seu presidente, esses jovens me cercaram de consideração, carinho e da incrível gentileza de me homenagearem com linda placa comemorativa, com a Comenda da Pedra, com a Águia símbolo da AIA e com um discurso memorável, proferido pelo Maurício. Ninguém pode aquilatar o que todas estas homenagens fizeram em mim! Cito só uma das consequências, a entrada e instalação para sempre, da Associação Itápolis Acadêmica e de seus dirigentes de 2013 no mais profundo de meu coração!

Todas estas manifestações de apreço, todas estas homenagens, eu dedico à memória de minha mãe, Isabel e à de meu pai, Vicente Nigro, que faria, se vivo estivesse, 111 anos de idade naquela noite memorável.