Histórias que não foram escritas

Orestes Nigro

"Meu livro... quando, por que e como"

 

Capa do 1º volume do livro de crônicas Histórias que não foram escritas

O livro que compus, reunindo 3 anos de crônicas semanais, já está praticamente todinho pronto. Serão 3 volumes, sendo que o primeiro, que vai ser lançado dia 19 de julho, aborda a nossa Itápolis na minha fase de infância, por isto quase sempre as inicio com um bordão, “Na minha mais tenra Itápolis” que significa a Itápolis dos meus mais tenros anos de existência.

O segundo volume, que vou apressar em publicar, aborda as famílias que, por seu modo de viver e de atuar na sociedade, fizeram a diferença de toda uma época.

O terceiro volume já trata dos anos de minha juventude, já atingindo a entrada na segunda metade do século XX. Aí está, para vocês, um esboço desta modesta obra, que pode ser considerada uma trilogia, pois são 3 volumes com tratamentos distintos de um mesmo tema, a Itápolis dos anos 30, 40 e 50.

Agora, como brotou a idéia desta trilogia? Embora seja um trabalho pós-elaborado, embora tenha uma unidade temática e estilo harmônico, esse livro brotou do acaso. Era o ano de 2009, nosso velho colégio Valentim Gentil ia completar, em setembro, oitenta anos de existência, data digna de uma bela comemoração. Belíssima foi esta comemoração, pela sua forma original e pelo resultado surpreendente que o trabalho de um grupo de jovens realizou. Nossa terra tem tradição em pioneirismo e mais uma vez inovou.

Utilizando-se da nova tecnologia oferecida pela internet, este punhado de jovens, capitaneados pelo brilhante Lucas Mendonça Gentil, criou no Orkut, rede social mais em voga na época, uma página especial denominada “Arquivo VG”. Esta página tinha por objetivo ser o depósito de fotos e documentos referentes à vida do colégio aniversariante, desde sua instalação, em 1929. E a idéia prosperou, os itapolitanos responderam de forma vigorosa e fecunda e logo o “Arquivo VG” estava recheado de fotos, fac-similies de documentos, diplomas, convites e a história de nosso querido colégio foi-se delineando e mais que isso, reunindo em torno da idéia os itapolitanos mais afastados, mais distantes.

A organização inteligente e eficiente do “Arquivo VG”, a boa qualidade do material que expunha aos olhos dos internautas, tudo isto fez eclodir um verdadeiro milagre: a união e reunião de várias gerações de conterrâneos, que culminou numa festa inesquecível que mexeu com o civismo e a emoção da gente itapolitana durante quase toda a Semana da Pátria de 2009.

Essa festa, fruto da criatividade e do trabalho sério de jovens ligados à AIA, ligados à vida universitária da cidade e de fora dela, operou a reativação da memória de toda uma comunidade. Essa reativação tem seus frutos vingando até hoje e a Itápolis antiga, secular, renasceu na alma de nossa gente.

Agora, como que eu entro nesta história e o que meu livro tem a ver com tudo isso? Pois é! Vivendo distante, eu não sabia da existência desta página do Orkut, o “Arquivo VG”, tampouco conhecia Lucas e os demais jovens que o criaram. Meu sobrinho Vicente me passou um e-mail, lá pelo mês de abril de 2009, me chamando a atenção para o fato. Passou-me o site do Valentim Baraldi e o nome da página do Orkut, dois instrumentos para o resgate da memória itapolitana.

Mergulhei nas duas páginas e me entusiasmei ao rever velhos conhecidos, antigos colegas, velhos amigos, parentes... era minha juventude voltando à minha mente. Como o Orkut permite que você comente as fotos postadas, vez por outra, deparando com alguns equívocos cometidos pelos seus editores, jovens que eram, comecei a colaborar espontaneamente, fazendo a correção das legendas e como estava invadido por lembranças, acrescentava sempre um comentário pessoal ou relatava alguma coisa que sabia a respeito dos personagens das fotos.

Alguns desses meus comentários despertaram a simpatia dos editores do “Arquivo VG” e acabei recebendo um simpático e-mail do Lucas, com gentis palavras e com um pedido para que eu autorizasse que ele, o Lucas, publicasse num jornal da cidade, trechos de meus comentários.

Autorizei prazerosamente e, passados alguns dias recebi, por parte do mesmo Lucas, a sugestão para que escrevesse as crônicas. Recebi um telefonema da proprietária do “Diário da Cidade”, a jornalista Izilda Reis e passei a escrever as crônicas que eram publicadas, desde 9 de junho de 2009, na segunda página daquele jornal. Essa página circulou até dezembro de 2012. A partir de fevereiro de 2013, aparece, todo fim de semana, em dois sites www.itapolis.net e www.comerciodeitapolis.com.br – seção Memorial.  Como meus escritos faziam sucesso junto aos leitores, assim dizem, mais uma vez o Lucas veio com uma nova proposta, juntá-las num livro. No início não me entusiasmei muito, tinha e ainda tenho receio de que um livro assim não atraía o leitor. Mas, o livro já é uma realidade, espero que emplaque.

Tive excelentes amigos que colaboraram com a montagem e realização do livro. Quem recebe colaboração de um Lucas Gentil, autor do prefácio, de um Sinibaldi Del Guércio Filho, autor da capa, paginador, montador e autor da introdução que aparece na orelha do livro, quem conta com a cooperação incansável de um Valentim Baraldi, ilustrador, capaz de descolar fotos incríveis, todos ligados de corpo e alma à nossa querida terra, não tem grande trabalho para esta realização. Espero apenas que o primeiro volume agrade tanto que motive a vontade de ler o segundo, e o terceiro.

O lançamento de “Histórias que não foram escritas” volume I, editado pela Gráfica Bom Jesus, de Ibitinga – no dia 19/07/2013, às 20 horas -na  Spazio Pizzaria, à Rua Odilon Negrão, nº 423 – Centro – Itápolis – Esse evento faz parte da 43ª Semana Universitária,  promovida pela Associação Itápolis Acadêmica (AIA) que acontece de 12 a 20 de julho – 2013.